Vereadora Eliza Virgínia apoia cancelamento de show de Anderson Neiff na Festa das Neves e propõe artistas gospel para elevar o nível musical do evento

“Vamos transformar o mal em bem e bênçãos”, convida Eliza nas redes sociais.

A vereadora Eliza Virgínia usou suas redes sociais nesta segunda (14) para se posicionar favoravelmente ao cancelamento do show do cantor Anderson Neiff, que estava previsto na programação da Festa das Neves, em João Pessoa, no mês de agosto. Em sua publicação, ela reforçou a preocupação com os valores que estão sendo promovidos por artistas contratados com recursos públicos e fez um apelo: “Vamos transformar o mal em bem e bênçãos?”.

A parlamentar destacou trechos de músicas de Anderson Neiff que, segundo ela, não somente desrespeitam o momento festivo da cidade, mas incitam o crime e a sexualização precoce. Em uma das letras, o artista canta:
“Eu sou ladrão, isso é fato / Mão pra cima, isso é um assalto / Se teu ex quiser chorar, avisa ele, manda áudio”, além de outros trechos com forte conotação sexual, como:
“Quando eu sentar você vai enlouquecer / Vou te ensinar o que é ter uma noite de prazer / Tu me botando firme fazendo minha xota arder”.

Para Eliza Virgínia, esse tipo de conteúdo é incompatível com eventos públicos e com a presença de crianças e adolescentes, ferindo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Já há estudos que evidenciam como músicas que incitam o ódio e a violência podem influenciar o comportamento social e incentivar hábitos antissociais, especialmente entre os jovens”, alertou.

A vereadora citou um exemplo concreto do impacto positivo da música na sociedade: “Em 2005, a polícia de Londres resolveu tocar músicas clássicas nas suas 65 estações de metrô e o resultado veio em 18 meses: os roubos caíram 33% e os atos de vandalismo 37%. Este exemplo nos, evidência a importância de se trazer música com qualidade para João Pessoa, principalmente para comemorar uma data tão importante como o aniversário da cidade.”, explicou.

Como alternativa, Eliza Virgínia sugeriu em seu perfil no Instagram três nomes da música gospel para substituir o artista cancelado e convidou a população a participar da escolha. “Temos muitos artistas que elevam, inspiram e têm compromisso com valores que promovem a paz e a dignidade humana”, comenta.

Manifestações nas Redes Sociais

Muitos usuários se manifestaram a favor do cancelamento do show, enquanto outros defenderam a liberdade artística. A polêmica agora gira em torno da decisão final da Prefeitura: irá zelar pelo bom senso e o respeito à população ou se render ao apelo de músicas que romantizam o crime, o vandalismo e o desrespeito?

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