A safra 2025/2026 já movimenta o Porto do Pecém com números impressionantes. A partir deste mês de setembro, cerca de 200 contêineres refrigerados de 40 pés — cada um com capacidade para até 27 toneladas — seguirão semanalmente rumo à Europa carregados de melões, melancias, mangas e uvas produzidas no Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Bahia.
As exportações devem se estender até fevereiro de 2026, com embarques programados sempre às sextas-feiras. Cerca de 80% da carga será destinada aos portos de Roterdã (Holanda) e Londres (Inglaterra). O restante seguirá para Antuérpia (Bélgica), Le Havre (França), Sines (Portugal), Hamburgo e Bremerhaven (Alemanha).
No último fim de semana, o navio MSC Leila, de 335 metros, atracou no Pecém levando parte dessa produção nordestina. Movido a GNL, tem capacidade de transportar 11.500 TEUs e garantirá o abastecimento de supermercados no norte europeu.
Segundo Raul Viana, gerente de Negócios Portuários do Complexo do Pecém, a operação mostra a força da fruticultura regional: “Com eficiência, inovação e rapidez, damos segurança para que nossos clientes mantenham presença nos principais mercados internacionais”.
Essa rota, que chega ao nono ano consecutivo em parceria com a MSC, é decisiva para produtores do Vale do São Francisco e de Mossoró. Para empresas como a Brazil Melon, a expectativa é de alta na demanda, favorecida pela queda da produção espanhola. “Os compradores europeus valorizam qualidade e sustentabilidade. Estamos prontos para atender a esses padrões”, destacou o diretor Gabriel Vieira.
As frutas embarcadas no Pecém chegam a grandes redes como LIDL, Tesco, Jumbo e Edeka, garantindo espaço de destaque para o sabor nordestino nas prateleiras europeias — e colocando o Ceará como protagonista no comércio internacional de frutas.
🍈🍉 O Porto do Pecém mostra que o campo nordestino tem cada vez mais força global, levando qualidade e tradição para milhões de consumidores na Europa.